Heckel Cross 10 a 12 cm
Sku: 66291D36527B7
Categoria: Peixes de Água DoceAcará DiscoSelvagens
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Acarás Disco Selvagens
Nome popular: Acará Disco, Disco, Discus
Nome científico: Symphysodon aequifasciatus, Pellegrin, 1904
Família: Cichlidae
Origem: América do Sul / Bacia Amazônica
Sociabilidade: Grupo
pH: 6.0 a 6.8
Temperatura: 26 a 30ºC
Dureza da água: Mole
Expectativa de vida: Cerca de 10 a 18 anos.
Manutenção: Médio
Tamanho adulto: Aproximadamente 15 a 20 cm
Alimentação: Onívoro, come de tudo, é importante acrescentar alimento vivo à sua dieta pelo menos uma vez por semana, podem ser daphnias, artêmias, enquitréias, etc. Também é recomendado oferecer ração complementar à dieta principal, que contenha vegetais / algas. Alimentos vivos como Bloodworms e Artêmias podem ser encontrados à venda, diretamente na loja!
Dica RsDiscus: As seguintes rações atendem às necessidades alimentares desta espécie – JBL Novo Bits, JBL Novo Grano Color, JBL Novo Grano Mix, JBL Premium Grana, JBL Premium Grana Cichlid, JBL Premium Grana Discus, JBL Novo Vert, Sera Discus Granulat, Sera Discus Bue, Sera Granulat Menu, Sera Granugreen, Sera GVG Mix, Tetra Color Tropical Granules, Tetra Min Tropical Granules, Tetra Veggie. Lembre-se de sempre alternar as rações para oferecer uma dieta rica e variada!
ACARÁS-DISCO QUE NÃO COMEM: os discos são peixes sensíveis a barulhos, estresse, parâmetros errados de água e a primeira coisa que fazem é parar de se alimentar. Faça o tratamento de sal grosso em aquário hospital (sem cascalho ou decoração) somente para o peixe que não está comendo. Nós da RsDiscus indicamos que use uma colher de sopa de sal grosso comum para churrasco para cada 50 litros de água, mantenha temperatura constante de 30 graus C, aeração forte, alimente duas vezes ao dia no mínimo, sifone o fundo diariamente (reponha a água do hospital com água do aquário principal), reponha o sal que saiu com a troca parcial de água (TPA). Normalmente em dois dias no tratamento com o sal, o peixe voltará a se alimentar normalmente, mas, mantenha-o no tratamento por cerca de 7 dias (mínimo) para voltá-lo ao aquário principal. O sal aumenta o metabolismo do peixe e o faz sentir fome.
Veja as rações indicadas nos catálogos abaixo:
Dimorfismo sexual: Existem várias informações contraditórias quanto ao dimorfismo sexual desta espécie, o que se pode afirmar com certeza é que a fêmea possui o ventre mais roliço e ovopositor evidente na época de desova, já o macho apresenta o ventre mais afilado, retilíneo. Outro fator a se observar é o comportamento, os machos costumam ser maiores e mais agressivos, porém, estas características também podem ser encontradas em certas fêmeas, comprovando a dificuldade na diferenciação dos sexos. Importante: estas características aparecem em peixes no final do estágio juvenil e em adultos, a diferença sexual entre filhotes é mais difícil de ser observada.
Comportamento: Territorialista com os da mesma espécie e semelhantes (machos), pacífico com os demais. Por serem animais gregários, necessitam ser mantidos em grupos de pelo menos 5 indivíduos. Casais com ovos e filhotes se tornam agressivos com demais peixes para proteger a cria, separe sempre o casal em aquário exclusivo.
Outra coisa importante é escolher seu cardume e mantê-los juntos desde pequenos, caso possua vários adultos e queira colocar um filhote novo, ele pode não ser aceito pelo cardume e apanhar muito, como consequência se isola, não consegue comer normalmente, tem o sistema imunológico comprometido e pode ficar doente e morrer ou então, o disco adulto dominante do cardume pode chegar a bater no mais novo a ponto de matá-lo.
Reprodução: Ovíparo, o casal vai "limpar" o local escolhido para a desova, geralmente uma superfície plana como troncos, rochas, plantas de folhas largas e mais rígidas, até mesmo o vidro do aquário.
A fêmea deposita os ovos e o macho os fertiliza logo em seguida, logo após o processo, o casal irá cuidar da desova ajudando na oxigenação dos ovos, retirando os não fecundados ou atacados por fungos e afastando qualquer peixe que se aproximar, justamente por isso é recomendado um aquário separado para a reprodução deles, evitando o estresse tanto para a população do aquário quanto para os pais que podem vir a comer os ovos caso sejam muito importunados.
Os ovos eclodem em cerca de 24 - 48 horas, nos primeiros 3 a 5 dias após a eclosão, os alevinos se alimentam do saco vitelino, ao fim deste período, eles começam a nadar perto dos pais e se alimentam de um muco produzido pelos adultos. A partir desta etapa podem ser oferecidos alimentos vivos de acordo com o tamanho dos filhotes, náuplios de artêmia, ovos de artêmia sem casca, infusórios e rações específicas para alevinos de ovíparos.
É recomendado usar filtro interno de espuma ou então perlon na entrada do filtro externo do aquário de reprodução para evitar sugar os filhotes. Com cerca de um mês os filhotes já podem ser separados do casal, ou assim que os dois pararem de demonstrar interesse por eles.
Tamanho mínimo do aquário: 90 litros para reprodução, acima de 250 litros para comunitários. Por serem de porte grande e viverem em grupos, o aquário deve possuir bastante espaço para nadarem, portanto, de preferência sempre aquários com no mínimo 1 metro de frente.
Outras informações: Esta espécie se divide em três subespécies: S. aequifasciatus aequifasciatus (disco verde); S. aequifasciatus axelrodi (disco marrom) e S. aequifasciatus haraldi (disco azul). No início da seleção artificial, feita pelo homem com a finalidade de desenvolver novos padrões de cor, algumas destas subespécies foram cruzadas entre si.
Estes peixes apresentam sua coloração de forma vívida apenas quando mantidos em ambiente ideal, peixes em situação estressante (baterias de lojas, logo após o transporte, etc) podem apresentar coloração muito pálida, que é facilmente revertida ao ser transferido para um local com parâmetros e necessidades adequadas à espécie.
Uma boa opção é mantê-los em aquários ditos "biótopos", que tentam recriar um determinado ambiente, ex: águas escuras, moles, quentes e ácidas, vários troncos e folhas e um substrato de areia com algumas plantas flutuantes para fazer sombra. Ficam magníficos em aquários assim.
Evite companheiros muito agitados e conhecidos por mordiscarem as nadadeiras de peixes mais lentos e também os de tamanho diminuto que podem virar refeição de discos maiores.
É extremamente importante o monitoramento dos parâmetros da água, para isto são recomendados os testes periódicos de pH, GH, KH, Amônia, Nitrito e Nitrato. Existem produtos que testam certos parâmetros constantemente, sem que o aquarista necessite fazê-los a toda hora e que permitem um monitoramento 24 horas, são eles o Seachem Ammonia Alert e Seachem pH Alert – ambos disponíveis em nossa área de “Medicamentos e Testes”. Todos os outros testes químicos também podem ser encontrados na mesma área supracitada do site.
Existem produtos próprios para os discos, como Seachem Discus Buffer (que prepara a água do seu aquário para ficar de acordo com as necessidades deles) e Seachem Discus Trace (possui elementos traços que os discos precisam), que foram criados com a finalidade de fornecer condições de vida ainda melhores para seus peixes.
Igualmente importante é a manutenção constante da temperatura da água para evitar quedas bruscas que podem levar à debilitação do sistema imunológico do animal e ao surgimento de doenças. Esta manutenção é atingida com o auxílio de aquecedores e/ou termostatos – sendo os últimos mais recomendados, por possuírem um mecanismo que controla a temperatura evitando assim o aquecimento excessivo da água do aquário – e ela é monitorada utilizando-se termômetros que podem ser tanto internos quanto externos. Acessando a nossa área intitulada “Temperatura” você encontra várias opções de termômetros, aquecedores e termostatos.
Dica RsDiscus: Esta ficha apresenta apenas os conhecimentos básicos sobre os discos, para obter informações mais completas sobre este belíssimo peixe, não deixe de adquirir as apostilas RsDiscus sobre Acarás Disco (Curso Básico sobre Acarás-Disco e Curso Avançado sobre Acarás-Disco).
Alguns peixes indicados para esta espécie: outros acarás-discos (procure não misturar criados e importados à selvagens - os selvagens tem dificuldade de se alimentar de ração industrializadas, os criados e importados comem normalmente ração), acará-bandeira (recomendamos misturar somente acarás-discos grandes com bandeiras pequenos, nunca o contrário, pois, discos são bem mais lentos na hora da alimentação e ter discos pequenos subnutridos), tetras em geral (evite colocar tetras pequenos com acarás-discos grandes ou selvagens - misture acarás-disco desde pequenos com tetras e não terá problemas quando os discos forem adultos), corydoras, cascudos, rasboras, melanotaenias e botia palhaço (cuidado com outros tipos de botias e comedores de alga, que podem sugar o muco dos discos e incomodá-los e deixá-los doentes).
PEIXES COMPATÍVEIS:
1. Sempre planeje seu aquário com peixes de mesmo pH, temperatura, nível de agressividade e tamanho próximo:
- Água ácida (6.0 a 6.8), água neutra (6.8 a 7.2) ou água alcalina (7.2 a 9.0);
- Mesma temperatura (peixes tropicais: 26 a 30 graus C / peixes de água fria: 18 a 26 graus C);
- Misturar animais pacíficos com pacíficos, agitados com agitados, agressivos com agressivos e carnívoros com carnívoros, qualquer combinação diferente, poderá trazer problemas;
- Também misturar animais grandes, médios e pequenos da mesma espécie quase sempre vai ter problemas. Os peixes médios e pequenos terão menos acesso à alimentação do que os grandes e poderão se tornar peixes defeituosos e subnutridos.
2. Se verificar na descrição RsDiscus que o animal é territorialista, de agressividade média a alta, planeje comprar todos os animais no mesmo mês e do mesmo tamanho que os habitantes antigos do aquário. Caso compre novos animais para um aquário já habitado há meses ou anos, pode-se tentar as seguintes técnicas:
- Mudar velhos habitantes briguentos para aquário de quarentena ou hospital e deixá-los lá por um mês, modificar a decoração do aquário, mover pedras, troncos e enfeites de lugar, na tentativa de parecer um novo ambiente, colocar os animais novos no aquário antigo. Após um mês juntar todos no mesmo aquário e verificar o comportamento deles nos próximos dias;
- Colocar os mais briguentos em criadeira de tela ou separar o aquário com tela de acrílico, para que possam se ver, mas, sem agressão ou lutas, por um mês ou mais;
- Última alternativa, doar ou trocar o animal estremamente agressivo com um amigo ou com alguma loja do ramo;
3. Se você tem aquário principal com animais grandes e só encontrar pequenos para a compra:
- Pode-se criá-los em aquário quarentena (somente vidro, filtro tipo hang on e termostato) para engorda e crescimento, alimente-os com duas ou mais rações de qualidade (para dar variedade), alimento congelado e vivo em abundância (alimentação de 2 a 3 vezes ao dia), troca parcial de água (TPA) a cada 2 dias (15%), a RsDiscus indica o uso de Garlic, Vitaminas e Sais* (não utilize nenhum tipo de sal para peixes de couro, como cascudos, botias e corydoras, entre outros). Cerca de 5 a 9 meses estarão juvenis e com tamanho de competição com outros animais adultos do aquário principal.
GUIA DE ACLIMATAÇÃO VISUAL RSDISCUS AQUÁRIOS:
Tem dúvidas sobre a quantidade de peixes em seu aquário? A RsDiscus te dará uma mãozinha:
Fontes consultadas:
Roberto Sentanin (criador profissional de peixes ornamentais desde 1990 e fundador da RsDiscus Aquários out/2004)
CÂMARA, M. R. Biologia reprodutiva do ciclídeo neotropical ornamental acará disco, Symphysodon discus Heckel, 1840 (Osteichthyes: Perciformes: Cichlidae). São Carlos : UFSCar, 2004. 135 p.
MORAIS, F. B. Sistema intensivo de incubação e manejo de cria de Acará Disco, Symphysodon spp. Recife : UFRPE, 2005.